continuação
Estas festas do Senhor de Matosinhos
decorriam durante uma semana, com as suas celebrações religiosas e muitas
actividades lúdicas. Á noite a bela igreja do Senhor do Bom Jesus de Matosinhos
ficava toda iluminada. Nos coretos, bandas de música animavam as ruas onde não
faltavam, as tradicionais barraquinhas com a sardinha e outros petiscos do
lugar. O fogo dos bonecos e o esplendoroso fogo preso, era um ponto alto destas
festas, onde não faltavam a tradicional feira da louça.
Em Agosto, chegavam as festas da Senhora da
Saúde no Campo Lindo em
Paranhos. Eram grandiosas estas festas, com uma grande feira
da louça onde não faltavam os assobios de barro, assadeiras e canecas. Muitos
carrosséis como a “Roda dos Cavalinhos” e muitas barraquinhas espalhadas pelo
jardim d’Arca d’Água. A procissão era um ponto alto dos festejos assim como as
bandas de música no coreto.
Também com o calor de Agosto, vinha o S.
Bartolomeu na Foz, com o célebre cortejo dos vestidos de papel, que findava no
banho purificador na praia dos Ingleses. Depois, chegava sempre no primeiro
domingo de Setembro, as festas de Santa Clara no Bonfim, onde se levavam as
criancinhas para que a Santa desse “falinha”. Era a festa dos melões e da
melancia, que minha avó cortava às fatias e comíamos sentados no passeio da Rua
Barros Lima, junto ao bairro das Eirinhas que quase já não existe.
Fora da cidade, também conheci com minha avó
as festas da Senhora da Hora, Senhor da Pedra em Miramar, a Senhora do Rosário
(ou festa da nozes) em Gondomar, aliás neste concelho, ainda conheci as festas
de S. Bento das Peras em Rio
Tinto e o Senhor dos Aflitos na Triana e ainda na Maia, a
Senhora do Bom Despacho.
Além de todas estas festas religiosas a que
a minha avó não faltava e que sempre me levava com a pura intenção, além da
diversão, de me incutir o respeito pelo culto dos santos, mas as festas mais
ansiadas por mim, eram as do S. João e o Carnaval.
continua
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